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Saturday, August 20, 2005

O mundo dá voltas

Sábado, 20 de agosto de 2005, 10h32
Talibã negociou morte de Bin Laden com os EUA

Documentos inéditos divulgados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos mostram que integrantes do Talibã, que governavam o Afeganistão, negociaram em 1998 com autoridades norte-americanas o assassinato do terrorista Osama Bin Laden, três anos antes dos ataques de 11 de setembro a Nova York e Washington.
Segundo os documentos, que estão no site do Arquivo Nacional dos EUA, Wakil Ahmed, braço-direito do mulá Omar (autoridade máxima afegã), se reuniu com o diplomata Alan Eastham Jr. e ofereceu a morte de Bin Laden, ou sua expulsão do Afeganistão, como resposta aos ataques às embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, que mataram 200 pessoas.

"É incrível o que esse baixinho fez com vocês", disse Ahmed durante a reunião, realizada em 19 de novembro de 1998. A negociação é surpreendente porque, oficialmente, os Estados Unidos nunca reconheceram a legitimidade do governo do Talibã.

Em outra conversa entre os mesmos interlocutores, dez dias depois, Ahmed fala claramente que o Talibã poderia facilitar o assassinato de Bin Laden se recebesse mísseis dos EUA.

Em troca pela morte de Bin Laden, o governo do Talibã pediu aos EUA que interrompesse os bombardeios quase diários que ocorriam ao país naquele ano em represália aos atentados na África. Na época, campos de treinamento da Al-Qaeda serviam de alvo para as tropas americanas.

As negociações não avançaram, e houve tensão em vários momentos, como quando Ahmed disse ao diplomata que os americanos "também eram assassinos", e que se pudesse, seu país revidaria os ataques.

Em outubro de 2001, uma força internacional liderada pelos Estados Unidos derrubou o Talibã do governo e restabeleceu a democracia no país.

Redação Terra

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