"...tempo, tempo, tempo, mano velho..."

"...fique comigo, seja legal, conto contigo pela madrugada ..."

Friday, June 09, 2006

Tumulto na Câmara faz ACM conclamar militares

Terça, 6 de junho de 2006, 19h25
Rodrigo Barradas

A tentativa de invasão da Câmara dos Deputados por sem-terra, nesta terça-feira 6 de junho, provocou reações fortes em todo o Congresso. Parlamentares de todas as correntes foram unânimes no repúdio ao ato, que resultou em cerca de 20 feridos - pelo menos um, segurança da Casa, com gravidade.
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O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB - SP), anunciou em plenário ter dado voz de prisão aos manifestantes. De fato, o líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) e membro da Executiva Nacional do PT, Bruno Maranhão, foi preso depois do quebra-quebra.

Alguns parlamentares, como os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Magno Malta (PL-ES), irônicos, sugeriram que os manifestantes haviam errado de endereço e deveriam bater na porta do Palácio do Planalto.

A reação mais exacerbada partiu do ex-presidente do Senado Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que pediu intervenção dos militares e usou imagens comuns entre os que tomaram o poder em 1964, como a reação à "ditadura sindical".

"Eu pergunto: as Forças Armadas do Brasil, onde é que estão agora? (...) Foi uma circular do presidente Castelo Branco, em março de 64, mostrando que o presidente da República não poderia dominar o povo sem respeitar a Constituição, que deu margem ao movimento de 64. (...) As Forças Armadas não podem ficar caladas. Esses comandantes estão aí a obedecer a quem? A um subversivo? Quero dizer, neste instante, aos comandantes militares, não ao ministro da Defesa porque ele não defende coisa nenhuma (...), reajam enquanto é tempo. Antes que o Brasil caia na desgraça de uma ditadura sindical presidida pelo homem mais corrupto que já chegou à Presidência da República", disse o senador no plenário.

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