"...tempo, tempo, tempo, mano velho..."

"...fique comigo, seja legal, conto contigo pela madrugada ..."

Monday, April 04, 2005

Perguntinhas para Daniel

Diante da nota abaixo reproduzida, divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, algumas perguntas se impõem:
1. Por que o sr. José Dirceu, Ministro-chefe da Casa Civil, que tem em seu currículo curso de guerrilha em Cuba e que atendia pelo codinome de "Daniel", necessita "reciclar-se" em "tiro ao alvo", justo quando o Governo Federal criou o "Estatuto do Desarmamento" imposto a todas as pessoas de bem do país?
2. Por que foi designado um "atirador do Exército" para ministrar aulas a um "ex" guerrilheiro? É para isto que servem os experts em tiro das nossas Forças Armadas ou eles não teriam tarefas mais nobres para excutar em prol do Brasil, do que servir de mero "instrutor de tiro ao alvo"?
3. Quem paga as balas que estão sendo utilizadas durante as aulas: o EB, os "contribuintes" ou sai do bolso do ministro? E, conforme pergunta o Deputado Artur Virgílio, o sr. ministro-chefe da Casa Civil não estaria infringindo a lei que limita o uso de 50 cartuchos/ano, por pessoa?
4. Finalmente, o Comissário Daniel tem mais direitos do que o restante da população ordeira do País, por ser ministro de um governo comunista ou por ser "ex" guerrilheiro cubano-brasileiro ou brasileiro-cubano conforme ele mesmo declara com lágrimas de emoção?
Não está havendo um deboche para com toda a população HONESTA E DESARMADA do país e uma afronta ao glorioso Exército Brasileiro, quando designa um de seus homens para "reciclar" um "ex" terrorista?
5. Qual o objetivo desta "reciclagem"?
A sociedade brasileira agradecia tomar ciência desses porquês, afinal, somos nós que pagamos esta conta e o ônus do desarmamento.
Atenciosamente,
Nicolas
Virgílio pede explicações sobre aulas de tiro
O Estado de S. Paulo11/3/2005CARTUCHOS: O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), encaminhou ontem mais um requerimento ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, com novas indagações a respeito das aulas de tiro ao alvo que ele estaria recebendo de um atirador do Exército. O líder pergunta se Dirceu tem cumprido as determinações de uma portaria de janeiro deste ano, que limita a 50 cartuchos por ano a quantidade máxima que um cidadão pode adquirir legalmente. Virgílio disse que o seu interesse é saber se Dirceu não está infringindo a norma. No plenário, ele chamou a atenção para a "incoerência" de uma autoridade interessada em se armar, no momento em que o próprio governo se empenha numa campanha para convencer a população a entregar suas armas. Entre outras coisas, o senador pergunta ao ministro quantos tiros são dados por aula, como está sendo obtida a munição e qual é o número do registro da arma utilizada nos treinamentos. Ele lembra que, em respeito aos limites impostos pela portaria, Dirceu ou qualquer outro cidadão pode utilizar quatro balas por mês ou uma bala por semana. "O que, a meu ver, torna inviável a intenção de V.Exa. de continuar praticando esse esporte", disse o senador.

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