"...tempo, tempo, tempo, mano velho..."

"...fique comigo, seja legal, conto contigo pela madrugada ..."

Saturday, May 27, 2006

Nunca é demais lembrar!

Em um domingo de abril
Numa tarde altaneira,
Que se travou aquele jogo
No estádio da bananeira.

De um lado, os diamantes
Incensados de louvores
De outro, os enferrujados,
Os guerreiros tricolores.

Vivia-se um entusiasmo
Na torcida colorada
Dizia-se, sem hesitar:
"Vai ser goleada!"

Mas assim que começou
O que se viu da novela
Foi a camisa vermelha
Ficar, de novo, amarela.

Logo depois do intervalo,
Reacendeu-se a ilusão.
Pensaram os colorados:
"Temos a taça na mão!"

È que marcaram um tento,
Em um lance ocasional,
Embora o dito talento
Do time internacional.

Viveram aqueles momentos
Como quem vive um sonho.
Esqueceram que acordar
Seria um susto medonho.

Tão fácil não se abatiam
Os gremistas, de outro lado,
Amarelar, já sabiam,
É destino colorado.

E foi o que ocorreu,
Já que, mais para o finzinho,
Em pleno Salão de Festas,
O Pedro fez seu golzinho.

Era só o que precisava,
Um empate soberano,
Calculado, com certeza,
Pelo competente Mano.

Foi o GRÊMIO campeão.
Apesar da "brilhatura"
O time amarelão
Manteve a sua postura.

Pode ser que os colorados
Aproveitem a ocasião
Para mostrar, encantados,
Que aprenderam a lição.

Não adianta ter um time,
Ou o melhor jogador,
Quando se tem pela frente
O IMORTAL TRICOLOR!

Thursday, May 25, 2006

Táticas de Guerrilha em São Paulo

De Nahum Sirotsky em Israel - Os acontecimentos em São .Paulo são interpretados por analistas experientes como indicando a participação de guerrilheiros veteranos no planejamento como na execução dos ataques. A tendência é de se acreditar numa operação de preparo cuidadoso , formado por um sistema de inteligência bem estruturado, sob um comando bem preparado e ligado à tropa por sistemas atualizados de comunicação. Destaca-se que a operação do " bando" paulista revela um preparo muito superior àquele dos bandos cariocas no recente confronto que teve a participação de forças militares.
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Não se deve creditar o sucesso da operação a simples criminosos pé rapados , que estariam comandando essas ações de dentro dos presídios. Acreditar nisso seria passar recibo de que não só estamos desacreditados profissionalmente, como intelectualmente. Não é de hoje que se fala de líderes das FARC atuando no Brasil, em treinamento de guerra de guerrilhas para grupos formados dentro do MST.
Os problemas começaram quando o governador Alkmim se desligou do governo para disputar a presidência. Se bem nos lembramos, no primeiro dia de governo o atual governo paulista ganhou de presente uma série de manifestações de um padre melancia, que levou para a Avenida Paulista cerca de trezentas crianças para fazer um protesto não me lembro mais de que. Ocorreu também uma manifestação de vereadores em frente á Assembleia Legislativa , e a cidade de São Paulo praticamente parou. Aquele foi um teste de imobilização dos meios de transporte da metrópole, e que funcionou. Correu que essas dificuldades estavam sendo criadas por grupos de petistas que procuravam assim dar as boas vindas ao novo governador, procurando desgastar a candidatura Alkmim. Cabos eleitorais petistas ligados à ex-governadora Marta Suplicy foram identificados liderando passeatas. Houve ameaça de parada geral nos transportes, e o metrô, se não me engano chegou a parar.
A gravidade da questão do crime organizado é notória e de grandes preocupações internacionais.
Mas não se conhece precedente para a audácia e abrangência dos acontecimentos, que nós tolos estamos sendo levados a acreditar sejam obra do bando paulista PCC. No Iraque , que vive uma situação de guerra, é que se vêm operações semelhantes.
Eles começaram e já mostraram as unhas. Essa operação tida como do crime organizado é simplesmente um teste dos seguidores do governo LULA para verificar o preparo do governo paulista em reagir a uma situação de terrorismo urbano. O oferecimento de ajuda federal , é um plano bem tramado para mostrar que o governo federal , este sim, está preparado para dominar qualquer tentativa de subversão da ordem pública, e ganhar a opinião pública para seu lado, procurando mostrar que está preocupado com a situação criada em São Paulo, já que governo e crime organizado estão juntos nessa.
Daquí para a frente vai valer tudo. LULA não terá compaixão de levar o País a uma guerra civil, se necessário fôr, para continuar no poder, transformando esta Nação num grande Vietname.
Cabe a nós, enfrentar com coragem, a luta fraticida com que o grande canalha pretende envolver os brasileiros.


ACORDA BRASIL

Percival A Costa



Um brasileiro que já começa a se preparar para a resistência

Tuesday, May 16, 2006

Inteligência superior é f....

10 Homens e 1 mulher

Onze pessoas estavam penduradas em uma corda num helicóptero.
Eram dez homens e uma mulher. Como a corda não era forte o suficiente para segurar todos, decidiram que um deles teria que se soltar da corda.
Eles não conseguiram decidir quem, até que, finalmente, a mulher disse que se soltaria da corda pois as mulheres estão acostumadas a largar tudo pelos seus filhos e marido, dando tudo aos homens e recebendo nada de volta e que os homens, como a criação primeira do mundo, mereceriam sobreviver, pois eram também mais fortes, mais sábios e capazes de grandes façanhas...

Quando ela terminou de falar, todos os homens começaram a bater palmas........

E caíram da corda...........

Nunca subestime o poder e a inteligência de uma mulher...

prá minha futura amiga Ca, vizinha do meu amor

Nem sei se ela vai ler mas tem tudo a ver!!!


:P

O maior prazer de uma mulher inteligente é bancar a idiota em frente a um cara idiota que banca o inteligente.

Com a palavra, o General

Monday, May 15, 2006

Brasil 20XX

do Blog do Josias

Jean

Friday, May 12, 2006

Multipla escolha

Não, não é a novela da globo!!!

do Angeli no Blog do Josias


Thursday, May 11, 2006

Guns and Roses

Sim meus queridos, RECAUCHUTADO E TOTALMENTE DIFERENTE amanhã, dia 12 de maio de 2006 ele está de volta:



Mr. William Axl Rose e o seu Guns n' Roses (o link aí do lado tem um monte de notícias em português e os caras vão "transmitir" o show de amanhã na íntegra!!!!)


New York, USA (Hammerstein Ballroom)
Banda de abertura: Bullet For My Valentine
Dias 12, 14, 15 e 17 de maio!!!

Confesso que eu sou fã PARA CARALEO e tô esperando essa onda!

vamo ver no que dá!

GNR RUUUUUUUUULES!!!

IndigNa(ção)

E prá relaxar....

Uma musiquinha "nada a ver"




Indignação

Samuel Rosa/Chico Amaral


Eu fiquei indignado
Ele ficou indignado
A massa indignada
Duro de tão indignado
A nossa indignação
É uma mosca sem asas
Não ultrapassa as janelas
De nossas casas
Indignação indigna

Indigna inação

Lazzo Matumbe, Araketu, Iiê
Ayê - a Bahia indignada, Car
Los Cachaça, Morenguera,
Ivo Meirelles - o samba ind
ignado, Vila Dias, Papagaio,
Cafezal, Pendura Saia, Pau Comeu, Pai Tomás, Santa
Marta-o morro indignado,Ra
Miro, Lúcio Flávio e Escadinha
O crime indignado, Cafuringa,
Natal e Jairzinho lá na ponta
Indignados, Satã e Seus
Asseclas, Imigrantes da
Abissínia, Boca Branca, Os
Inocentes e os Leões da La
Goinha indignados, Jaguará
O, Oiapoque e Guaicurus - a
Zona indignada, Ginga, Mão
Branca, Negrinhos de sinhá
-a capoeira indignada, Gavi
ões, Galoucura, Máfia Azul,
Young Flu, Mancha Verde,
Falante, Independente - a massa indignada.

"...ladrão, ladrão, ladrão ...."

do Blog do Josias



José Dirceu, como se sabe, foi um líder estudantil buliçoso. Junto com Vladimir Palmeira, fez a cabeça da moçada de sua época. Em “Abaixo a Ditadura”, livro em que revela os bastidores do movimento estudantil de 68, Dirceu anotou:

“Tanto eu como o Vladimir representávamos a postura anti-establishment, anti-ordem, até no modo de vestir, de falar, de nos comportar. Simbolizávamos a irreverência, a rebeldia (...).”

Nesta quarta-feira, Dirceu provou do próprio veneno. Convidado a falar sobre a “Mídia e a Crise”, na PUC de Minas Gerais, o ex-chefão da Casa Civil topou com uma estudantada à Dirceu.

Num auditório dimensionado para acomodar 450 pessoas, aglomeraram-se 700 estudantes. Muitos deles adornaram os rostos com narizes de palhaço. Dirceu mal começara a falar e a audiência apressou-se em exibir os seus pendores “anti-establishment”.

Ouviu-se um coro de vaias. Ergueram-se cartazes improvisados em folhas de papel ofício. Estampavam dizeres hostis. Coisas assim: "Cretino", "Cadeia", "Pega Ladrão"... Dirceu reagiu com fair-play, informa o repórter Paulo Peixoto.

"Estou acostumado com o debate democrático, com as vaias e com a discordância", viu-se compelido a dizer, já na sua primeira intervenção, sob apupos. Em dado momento, o ex-ministro afirmou: "Se tem uma coisa que até os adversários reconhecem, inclusive os do PSDB, é que eu sou uma pessoa honesta".

Seguiu-se um coro que não deixou dúvidas quanto ao sentimento “anti-ordem” que movia a platéia: "Ladrão, ladrão, ladrão". Ao final do encontro, que durou quase uma hora, um grupo de estudantes subiu o timbre: “Ei, Dirceu, vai tomar no cu”, repetiram, aos gritos. Abespinhado, Dirceu qualificou os manifestantes de "minoria autoritária". Chamou-os de “tucanos”.

Depois, em entrevista, considerou “normal” ter sido brindado com o coro de "ladrão". "Aliás”, disse ele, “não é só com coro de ladrão, agora eles me mandaram tomar no cu. Espero que vocês publiquem isso, porque mostra o nível de quem está aqui. É uma minoria. O nível é esse. Quer dizer, pessoas autoritárias que não aceitam o debate democrático, que não escutam".

Enquanto Dirceu concedia a entrevista, um estudante arremessou, da platéia, um nariz de palhaço de plástico. Tinha a mão certeira. O objeto atingiu o rosto de Dirceu. O ex-ministro deve ter deixado o campus da PUC mineira com uma incômoda certeza a martelar-lhe a cabeça: já não simboliza mais “a irreverência” estudantil. Tornou-se alvo dela.

Escrito por Josias de Souza às 00h06

Wednesday, May 10, 2006

Caso Boris Casoy

A verdade sobre a saída da Record

‘‘Houve o telefonema do Zé Dirceu (para a Record). A diretoria me pôs a par: ‘Ele disse que vai prejudicar a Record e você pessoalmente se você não parar’’


Com as pressões, imaginava que pudesse ser demitido?


Quando vi que a Igreja Universal fez um partido político, achei que as coisas podiam engrossar, mas não imaginava que ia ser assim. A maneira como foi feita, dia 30 de dezembro, foi truculenta. Estaria de folga no dia (era uma sexta-feira) e na segunda viajaria. Foi pensado para evitar divulgação. Sou chamado às quatro da tarde da sexta, informado que o contrato está rompido e que a Salete Lemos seria impedida de apresentar o jornal aquele dia. Durou 10 minutos. Falei: “Tá bom. Quando o sr. quer que eu pare?”. E o bispo Honorílton Gonçalves (superintendente executivo da Record): “Já. Imediatamente”. Não é soco, eu levei um coice! Fui tratado como um bandido. Me senti humilhado! Fui tratado com uma violência imerecida, como um inimigo, uma pessoa suspeita.


Enquanto Lula estiver no governo é um jornalista desempregado?


Não. Tô desempregado de televisão, mas tenho convites de jornais, de rádios, que basta eu dizer sim. Estou órfão de tevê, mas não imaginei isso

Coisas que o Marcos pontes descobriu no espaço

Que, no Brasil, os ônibus não são tão apertados quanto parecem.

Que Brasília, vista de cima, não é marrom e não fede.

Que croquete de rodoviária não é tão ruim assim.

Que ir ao banheiro num posto de beira de estrada não é tão desconfortável...

Que coçar o saco flutuando é muito mais divertido.

Que uma viagem pra Fernando de Noronha até que não é tão cara...

Que, por mais altos que sejam, todos os prédios são baixos.

Que os buracos nas estradas brasileiras são bobagem perto das crateras da Lua.

Que o Senna era rápido, mas nem tanto.

Que o pinto dele, em relação ao Universo, é mais microscópico do que parecia!

Em Outubro....



O diretor da Penitenciária reúne os presos no pátio e diz, com ajuda de um megafone:
- Atenção! Quero todo mundo varrendo e limpando as suas celas, porque amanhã o presidente Lula vem aí!
Ao que um dos presos comenta com um amigo:
- Custou, mas botaram esse safado no xadrez!

Tuesday, May 09, 2006

Dicifuldade de Governar

Poema de Bertold Brecht

"Dificuldade de governar

1

Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.

2

E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.

3

Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.

4

Ou será que
Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?"

Saturday, May 06, 2006

Explicações

só prá falar que os links que não estavam mais sendo atualizados foram apagados, tô caçando aqui mais umas coisas prá linkar!

Logo mais tem mais!

Thursday, May 04, 2006

toamra que toda a internet leia!!!!

O BOTÃO "INICAR" DO WINDOWS COMEÇARÁ A SER PAGO A
PARTIR DE 31 DE FEVEREIRO DE 2006!!!

NÓS TEMOS QUE FAZER ALGO...

Por isso, mande para 25.999 pessoas da sua lista essa mensagem, pelo
menos 10 vezes para garantir...

Feito isso, o Botão Iniciar vai ficar verde, começará a brilhar e a
dançar
pelo seu Desktop ao som de "Festa no Apê".
Todos os ícones do seu desktop ficarão pulando abraçados e gritando "Uh
Tererê"
E além de não pagar pelo uso do botão Iniciar, você ainda receberá 50
dólares
da Microsoft para cada vez que der click duplo no seu mouse.

E tem mais!!! As 100 primeiras pessoas que mandarem seus e-mails
receberão inteiramente
grátis uma senha para retirar seu mensalão até o final do mandato do
nosso presidente.

É sério! Eu já fiz isso... Faça você também a sua parte!!!

Obrigado!!!

AGORA VE SE PAREM DE SER TOSCOS E FICAREM ACREDITANDO
EM QUALQUER MERDA QUE FALAM QUE VAI COMEÇAR A SER PAGA!!!

O Estado na mão de um bando de amadores

Por Rui Nogueira

Diante da reação negativa generalizada à postura do governo Lula em relação ao decreto do presidente boliviano, Evo Moares, que estatizou os campos de gás e de petróleo e expropriou os bens da Petrobras, o presidente Lula, seus ministros e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, exibiram nesta quarta-feira o tamanho do amadorismo com que administram o Estado brasileiro. Entre recuos, estultices de todo o tamanho e blagues de um cinismo sem limites, suas excelências acabaram por revelar o que deixaram de fazer na terça-feira, optando por uma nota esdrúxula, confissão escrachada de que não souberam defender o Estado com um mínimo de profissionalismo. Profissionalismo político-público.

Juntos, tal qual uma claque ideológica doidivanas, eles passaram a terça-feira inteira dizendo à boca pequena que só podiam fazer o que fizeram, não podiam invadir a Bolívia com tropas para obrigá-la a não editar o decreto que editou, não podiam atentar contra a soberania do país vizinho. É nisto que o governo Lula é mestre, em dizer que não pode fazer o que ninguém lhe pede que faça, um discurso manjado que o presidente vem repetindo faz tempo. “Nós não vamos jogar a economia em nenhuma aventura”, costuma dizer Lula, como se alguém lhe pedisse ou o forçasse a semelhante opção.

O que fazer
Do homem eleito para defender o Estado brasileiro, em vez de uma nota de apoio ideológico às maluquices populistas de Morales, era de esperar, na terça, estes passos objetivos:

1) A convocação do embaixador brasileiro em La Paz para uma coleta oficial de informações, uma vez que o governo brasileiro não recebeu nenhuma comunicação do ato de força cometido pelo governo boliviano – o que, nem de longe, pode ser encarado como atitude inamistosa. Isso é, tão-somente, uma medida típica de profilaxia diplomática;
2) uma declaração oficial dando conta de que o governo brasileiro não se mete nas decisões soberanas dos outros Estados – é diferente de dar apoio ideológico à medida de Morales;
3) a expressão oficial da óbvia preocupação com a medida do governo boliviano, uma vez que ela contém pontos nebulosos;
4) a notificação pública do fato jurídico óbvio, de que o Estado brasileiro assinou contrato com o Estado da Bolívia que não autoriza aumentos unilaterais de preços no gás;
5) a notificação, igualmente óbvia, de que a expropriação de bens de empresas brasileiras, públicas ou privadas, à luz de acordos internacionais de proteção de investimentos, exige o ressarcimento pelo preço justo devido.

Só nesta quarta-feira, depois da saraivada de críticas, é que o presidente da Petrobras e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apontaram na direção correta, tentando passar ao largo da ignomínia estabelecida pela nota oficial de terça-feira – a ponto de fazer, preponderantemente, o elogio ideológico à medida de Morales, como se o presidente da Bolívia precisasse do consentimento do companheiro Lula para pôr em prática suas decisões. Diante do nocaute diplomático, o presidente brasileiro tentou se exibir como uma vítima de assalto que compreende as motivações que levaram o assaltante a cometer a violência. Apoiando as razões do assaltante, Lula quis passar a idéia de alguém que controla a situação.

Ainda assim, embalado pelas estéreis conversas preliminares de segunda e terça-feira, aquelas que produziram a ridícula nota oficial do Estado brasileiro, Lula amanheceu nesta quarta-feira fazendo blague. Como sempre, desprovido de superego, o presidente mergulhou no proselitismo antiimperialista e, para uma platéia friendly, em um seminário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), saiu-se com a história de que não iria inventar fatos para justificar alguma medida de força contra a Bolívia – tal qual Bush fez para justificar a invasão do Iraque. E quem pediu? Lula fala do nada para não ter de prestar contas sobre o óbvio.

Nada, porém, supera em estupidez e oportunismo a declaração de Lula, de que foi um erro o país ficar dependente de uma fonte única fonte de fornecimento de gás. Se foi um erro, e o diligente Lula percebeu isso desde sempre, por que é que seu governo criou um programa especial de incentivo energético para as indústrias. Para quê? Para que as indústrias – siderúrgica, vidro, cerâmica e outras – usassem cada vez mais gás. É um presidente patético!

Agarradas à senha ditada pelo chefe maior, algumas lideranças petistas passaram o dia a dizer, no Congresso, que o governo brasileiro fez o possível diante do fato consumado criado por Evo Morales. Gabrielli chegou a se perguntar: o que a Petrobras ia fazer, chamar mercenários? Justificando-se sobre uma idéia que ninguém ventilou, o senador Sibá Machado (PT-AC), por exemplo, perguntou ao senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) se ele queria que Lula enviasse tropas para ocupar a Bolívia. Antero respondeu: “Ninguém pediu isso. Só queria que Lula e o PT defendessem o Brasil, em vez de defender a Bolívia”.

Lula não executou nem o óbvio porque ele não reconhece o que foi feito por governos anteriores, só pensa no que “nunca antes foi feito na história”. Não existe legado a reconhecer no Itamaraty porque a diplomacia pra valer, assim como os programas sociais, os programas de energia alternativa, tudo começou a existir em 1º de janeiro de 2003.

Alíquotas de importação
As indagações vazias de Lula, Gabrielli e Sibá foram apenas algumas das muitas maluquices postas a circular. Eis mais alguns exemplos edificantes:

Diz a nota oficial do Planalto: “A decisão do governo boliviano de nacionalizar as riquezas de seu subsolo e controlar sua industrialização, transporte e comercialização, é reconhecida pelo Brasil como ato inerente à sua soberania. O Brasil, como manda a sua Constituição, exerce pleno controle sobre as riquezas de seu subsolo.”

Trata-se de um truque rasteiro aplicado pelo governo Lula e que envergonha o Estado brasileiro. Sorrateiramente, são postas em pé de igualdade duas coisas completamente diferentes. Estatizar e expropriar bens de investidores são atos que não guardam nenhuma relação com a nacionalização de recursos minerais.

A nota do Planalto passa ao cidadão a idéia de que o Brasil reconhece o “ato soberano” da Bolívia porque, aqui dentro, nós também “exercemos pleno controle sobre as riquezas do [nosso] subsolo”. Para manter “pleno controle sobre as riquezas” os países não precisam estatizar e expropriar bens de quem quer que seja. Todas as nações minimamente civilizadas mantêm os recursos naturais como propriedade do Estado. Esses recursos podem ser explorados por empresas privadas mediante concessão legal. Era assim, também, na Bolívia. É sob concessão do Estado boliviano, representado contratualmente pelo governo de La Paz, que a Petrobras investe e produz na Bolívia. Se o governo boliviano, ao fazer a concessão, fez um bom ou mau negócio com os bens nacionalizados, isso são outros quinhentos!

*

A nota oficial do Planalto, divulgada na noite de terça-feira, diz que na relação Brasil-Bolívia estão valendo os “dispositivos contratuais amparados no direito internacional”. No telefonema entre Lula e Evo Morales, o presidente brasileiro teria reforçado a existência desses “dispositivos contratuais”.

A ginástica verbal do governo Lula é reveladora. Para começo de conversa, nenhum contrato é inegociável. Em segundo lugar, o discurso governamental tenta igualar atos que não se igualam. O governo Lula tem “coragem política” para dizer que Morales praticou um ato soberano, mas sobra-lhe covardia para dizer que fará valer seus direitos contratuais, mesmo reconhecendo que ninguém está proibido de negociar termos e cláusulas considerados ultrapassados, aspectos que, enfim, se tenham tornado problemáticos ou, por algum motivo circunstancial, flagrantemente prejudiciais. Isso é legal, isso é legítimo.

O novo governo da Bolívia pode achar hoje – e ter como provar – que o preço negociado em governos anteriores é excessivamente camarada com o Brasil. Que proponha a negociação, ora! O que isso tem a ver com expropriar os bens da Petrobrás? E o que os “direitos contratuais” têm a ver com o apoio brasileiro à expropriação decretada por Evo Morales? Nada! Fazer valer os direitos brasileiros, sem fechar a porta a negociações, era o caminho óbvio desde o início.

*

Depois de uma conversa telefônica entre Lula e Morales, o governo brasileiro anunciou estar convencido de que o fornecimento de gás está assegurado “pela vontade política de ambos os países”.

Duas nações soberanas garantem uma relação comercial e econômica na base da “vontade política”? Só no Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva isso é possível. Foi o máximo de garantia que o presidente da República Federativa do Brasil arrancou do companheiro e irmão Evo Morales. Como as vontades políticas de Morales estão mais sintonizadas com as de Hugo Chávez e Fidel Castro, por aí dá para ver o tamanho da garantia conseguida pelo Brasil.

*

O ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andrés Solíz foi claro: todos os contratos existentes “estão total e definitivamente anulados”.

Das duas uma: ou Solíz é um extraterrestre, fala por falar, e logo será desautorizado por Evo Morales, ou o ministro dos Hidrocarbonetos tem poder e está sintonizado com o presidente boliviano. Tudo indica que Solíz sabe o que diz e o que faz com absoluto respaldo político. Tanto isso é verdade que, um mês atrás, quando Lula, ministros e assessores vendiam um bom relacionamento e negociações camaradas com os “hermanos” bolivianos, Solíz promoveu um destampatório bombástico durante uma entrevista em La Paz.

Na entrevista, concedida na capital boliviana e jamais desautorizada ou minimamente criticada por Morales, o ministro Solíz chutou a Petrobras, acusou o Brasil de se comportar como país imperialista e deixou claro que era ministro dos Hidrocarbonetos para fazer o que foi anunciado pelo presidente boliviano na segunda-feira, dia 1º de maio.

*

Segundo o assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia, a estatização e expropriação implementadas por Morales são um “acidente de percurso” nas relações Brasil-Bolívia. Mais que isso, sempre segundo Garcia: “[São] um fato normal no relacionamento entre os países, sobretudo quando começam a exercer sua soberania sobre si próprios”.

É mais fácil levar a sério o sargento Garcia, aquele que até hoje não conseguiu prender o Zorro. Se se trata de um “acidente de percurso” e de um “fato normal no relacionamento entre países”, o que é que os presidentes Lula, Morales, Néstor Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) vão fazer em Puerto Iguazú, nesta quinta? Contaminado pela doença infantil do lulismo, o nosso Garcia, que está mais para cabo da guarda palaciana, também acha que, na Bolívia, “nunca antes na história” aconteceu o que está acontecendo. Quer dizer que só agora, com Morales, é que a Bolívia começou a exercer a sua soberania. Ah!, esses historiadores de antanho! A “revolução” populista de Morales é a terceira de uma série em que as medidas originais de ontem se repetem no dia seguinte como farsa.

*

Na prática, resumiu o assessor Marco Aurélio Garcia, a estatização-expropriação é “um ato soberano e unilateral, a mesma coisa que nós aumentarmos aqui alíquotas de importação".

A que ponto chegamos! Ou melhor, a que ponto chegou essa gente do governo Lula. Aumentar, unilateralmente, alíquotas de importação é o mesmo que expropriar, unilateralmente, bens dos investidores”! Não admira que essa gente chame o mensalão de caixa dois. E considere o assalto ao Estado, perpetrado pelo delubioduto, recurso normal para financiar o Partido Príncipe. É o Estado na mão de um bando de amadores e algo mais, é claro.

Amém!

Fundadas Preocupações -- 27.04.06

Círculos de militares da reserva começam a disseminar boletins e opiniões que retratam preocupações quanto ao futuro da pátria. É sabido o receio que têm de uma eventual comunização do país, ao que não poucos - os quais talvez tenham a síndrome de Poliana, enxergando o mundo coM suas lentes cor-de-rosa - respondem ser uma tolice.

Já ouvi em mais de um lugar qualificarem os alertas de nossos nobres militares como exagerados e reflexos de uma teoria da conspiração,colocando-os no mesmo saco das absurdas acusações da cúpula do PT quanto a um suposto estratagema "das elites", que teriam inventado a história do mensalão no governo Lula para desestabilizá-lo. O que de verdade há nisso? Serão os pronunciamentos dos oficiais das Forças Armadas e das Polícias Militares insanas elucubrações, medos infundados, maluquice mesmo?

Não é o que mostra a realidade. Rápida consulta aos jornais e revistas, e breve observação dos acontecimentos, servem de base para que nos alertemos: de modo sutil e paulatino avança a revolução cultural comunista, sem ser por todos notada. E quando o é, os que deveriam engrossar o coro dos que a identificam (certa imprensa, os partidos ditos "de direita"), fazem-se de desentendidos. Mais fácil e menos comprometedor do que dizer publicamente que o que ocorre é parte de um plano socialista, é tachar tal denúncia de inverossímil.

Diante disso, vamos aos fatos. Como é corrente falar, eles não mentem.

Nunca antes, v.g., o MST e a CUT tiveram tanto poder. Aquele aumentando as invasões, marchando com o patrocínio do Estado e recebendo gordas "doações" de verbas públicas para manter sua luta indisfarçadamente comunista. Até seu discurso não é mais contra o latifúndio improdutivo, mas contra o latifúndio tão só, contra a noção de propriedade - eles, aliás, decidem o que deve ser plantado pelos outros, e os desobedientes sofrem as represálias com a destruição de culturas e pesquisas.

A CUT, de outra sorte,conseguiu finalmente um assento na Esplanada dos Ministérios.

Enquanto isso, permanecem sérias restrições legais ao porte de armas pelo povo ordeiro (o desarmamento geralmente precedeu os golpes totalitários), e caminham a passos largos a reforma universitária (que não respeita os entes particulares propriedade privada -, troca o mérito pelo paternalismo injusto das cotas, inverte as
necessárias hierarquias nas faculdades, tornando-as dependentes dos ditos movimentos sociais), os intercâmbios espúrios com Cuba (a ABIN em estreita colaboração com a polícia política de Fidel Castro, o caso dos médicos cubanos sem concurso nem revalidação do diploma), os negócios sujos com a China comunista (reconhecida por Lula como "economia de mercado", e da qual foram comprados tratores de duvidosa qualidade para doar ao MPA, ramo dos agro-socialistas), a antidemocrática violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo (em "punição" por apontar as mentiras do Ministro Palocci), a centralização do regime sob a dura batuta da ex-guerrilheira Dilma Roussef, a politização de setores do Judiciário, o vergonhoso aparelhamento do Estado, o ressurgimento da cartilha estatizante na economia, a tentativa de amordaçar a imprensa (alguém lembra do Conselho?), o crescente populismo de Lula ao estilo Hugo Chávez (e orgulhoso, como Evo Morales, de sua própria ignorância e falta de cultura erudita). Sem falar do uso da ABIN para arapongagem partidária e do financiamento da eleição de Lula por Cuba e pelas FARC, já noticiadas por Veja. Lembre-se, ainda, as chefias do INCRA ocupadas por integrantes do MST, o aumento de tributos em típicoataque à livre iniciativa, a já histórica aliança do PT com o PC do
B (que conquistou a chefia da Câmara com Aldo Rebelo: nunca um comunista declarado, da atroz linha albanesa, esteve no terceirocargo mais importante da República!), e os reais motivos do caixa dois petista: perpetuar-se no poder!

Some-se a isso a influência do Foro de São Paulo - clube dos grupos esquerdistas latino-americanos, do PC cubano aos zapatistas e às FARC -, e a realização de suas metas ("recuperar na América o que foi perdido no Leste Europeu"), entre as quais a guinada à esquerda no Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia e Chile, os quais, com Cuba e a Venezuela, formam um bloco coeso para a ascensão da foice, do martelo e da estrela.

Não devemos nos preocupar? Quem tem olhos para ver...

Dr. Rafael Vitola Brodbeck. Advogado.